Este coração porto sem alfândega
Tudo se acosta por se estar aberto,
O risco é o perigo desta pândega
De a dor estar sempre por perto,
Não resta alternativa ao passarinho,
A caverna não pode ser sua casa
Assim opta por criar um caminho
Indo mesmo com rasgada asa,
Por vezes sou gaiola sem chilreio,
Espaço vazio para o próprio ser,
Sempre consumindo e sem freio,
Sem nunca conseguir absorver
Da colina ingreme de um anseio
De como ter ideia de como viver.