Ondulando na volúpia tal tecido
Rasgado no braço da noite nua
E por ela ver-se no negro perdido
Caindo solitário ao esmo da rua,
Ouçam-me ó cadentes d’outrora,
Eu aprendiz de vossos movimentos
Dormito na insensatez deste agora
Ao abrigo destes intemperamentos
De quem passou à janela e olvidou
Todo o tempo daqui à eternidade
Onde cada instante em si guardou
Num abraço tentado em irmandade
Portanto aberto deixou e até amou
As sementes até à cinza da cidade.