Por vezes fechar os olhos tanto apetece
E esperar, esperar que o dia enfim apareça
Pois quando tal coisa simplesmente acontece
Abstraio-me daquilo retido naquela promessa,
Ou seria a penhora vinda de um imenso deslumbre
Entre entes não humanos, maiores do que a vida,
Pergunto se o Sol anseia tanto por seu vislumbre
Como quanto persegue sua Lua há muito perdida,
Por seu toque, seria o único a torná-lo completo,
Nunca haveria amor mais belo do que aquele
Sim sei, este caminho para promessas é incerto
E perante suas filhas é vê-las, ansiá-las e querê-las
Nesta ausência serena, ajoelho-me ao brilho dele,
Que elas me abram os olhos cobrindo-os de estrelas.