segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Aquela Voz Seremos Pt. III: Nosso Jardim ao Luar

Naquela noite a lua escorria-lhe gentil pelos dedos
Anónima e fulgente através da calçada do vento,
Eu perseguia sua sombra através dos arvoredos   
Que eram a noite aberta, este olhar pelo relento,

Parecendo a abóboda celeste a pulsar em mim,
Aquela era a noite em que o seu olhar era luar
A única luz que realçava a silhueta deste jardim
Que poderia ser o eterno sono ou o único acordar,

Lá eu era o entretanto entre os Invernos e Verões
Pretendendo tudo e nada sem ceder a meios-termos
E por sempres e nuncas por mim passavam as estações

Que eram o Tempo enfim retocando de leve esta janela
Recordando as vezes que vagueei pelos povoados e ermos
E quanto a beleza daquele jardim era tal como eu a via… Bela.