quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

A Ema IX: Não me Deslembres

Ema, ainda relembras o olhar que hoje te beija?
Aquele que ontem te esculpiu a partir de luzências
E reflexos da água para o céu que tanto almeja
Minha ida para teu lado por estas confidências...

Que... Suspirei à brisa renascendo no insone poema,
Por réstias de loucura plantei a mais bela das flores
No firmamento nocturno, és os sonhos desse diadema
Alumiando tudo o que é segundo e ainda arredores

Daquilo que trago nesta algibeira rumo ao silente,
As folhas esvoaçam ao passar do sempre-ausente
Cercado por sorrisos moldados a lágrima azulina,

Enquanto penumbras vêm oscilar a luz da lamparina
Desta breve, breve viagem essa é uma das certezas
Porém não temerei, ela serei eu pelas profundezas.