domingo, 16 de julho de 2023

O Limbo do Não Momento

E assim passou o tempo da nossa canção,
O vento o encaminhou para outro lugar,
Ficou a lágrima da saudade, a inquietação
De alguém que se tinha esquecido como amar,

De rédeas soltas, e novamente estas palmas vazias,
Estes sonhos só fazem sentido quando neles estás,
Não tenho como me aquecer nestas horas frias
Que passam tal andorinha evadindo as estações más,

As falésias tornam-se mais altas, os desertos mais vastos,
E os instantes trazem a solidão e a escarpa sem voz,
O silêncio entre adagas e o sossego entre os rastos,

Quando partiremos deste limbo, deste não momento?
O espaço entre a vida é real, sabe a amarra tão atroz
Entrementes o poema é não corrido, e eu de nós – fragmento.

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