terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Os Filhos de Ícaro

Abrindo a cortina do sorriso, o quão é preciso
Estar presente com brechas na parede, ter sede
De algo maior e superior e nós em improviso,
É a dança da Vida, o truque é não cair na rede, 

Corpos cansados não podem descansar, então adiante!
Deixem a luz entrar, persianas com as fendas abertas, 
Preenchem o peito e facultam o poder do instante
Na voz de mil gerações ao passar das horas incertas,

As sentenças tornam-se convalescenças de um outrora, 
Mal recordo os rostos que passaram, só o que ficaram,
Caminhamos o trilho para o Sol, rumo à boreal aurora

Se cairmos enfim encontra-se outra solução do problema,
Sozinho ou a dois, quantos por cá passaram e ansiaram 
De olhar fechado beijar o horizonte? Assim nasce o poema.

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