quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Entrelaçado Com Aquela Que Me Importa

Os seus beijos ofegantes, delirantes aqui centrados, 
Parecem balões de algodão no céu alto esvoaçando,
O calor da sua mão relembra-me aqueles bocados
Nos quais não olhávamos para trás, íamos ansiando

Reciprocamente o carinho que entre nós então havia, 
O quanto ela me queria, o quanto eu a queria, e cria
Nessa crença sem pertença que levanta as fundações
Do céu, o seu corpo no meu entrelaçado - as escoriações 

Sediadas no peito e alma, porém com calma vivíamos, 
Pintando as constelações, um ao outro pertencíamos, 
Éramos mais do que recordações, éramos o infinito

Um dentro do outro a refractar num olhar tão e tão bonito, 
Afagado no interior de um abraço maior, cheio de beleza,
Que em meados desta melancolia me conferia asas em subtileza.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.