Os seus beijos ofegantes, delirantes aqui centrados,
Parecem balões de algodão no céu alto esvoaçando,
O calor da sua mão relembra-me aqueles bocados
Nos quais não olhávamos para trás, íamos ansiando
Reciprocamente o carinho que entre nós então havia,
O quanto ela me queria, o quanto eu a queria, e cria
Nessa crença sem pertença que levanta as fundações
Do céu, o seu corpo no meu entrelaçado - as escoriações
Sediadas no peito e alma, porém com calma vivíamos,
Pintando as constelações, um ao outro pertencíamos,
Éramos mais do que recordações, éramos o infinito
Um dentro do outro a refractar num olhar tão e tão bonito,
Afagado no interior de um abraço maior, cheio de beleza,
Que em meados desta melancolia me conferia asas em subtileza.
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