Nus, de vestidos brancos e de pés descalços,
Correndo a colina acima, em busca do divino,
Encontrei o Amor, activo e passivo, os destroços
Do ontem, são a valsa do pé-coxinho, o destino,
Não é preciso uma música, nós somos o dançar,
Sua cabeça encostada neste ombro, sou afortunado
Por ter quem me quer e eu quero, durmo, a sonhar,
Para lá da sombra do silêncio, acordo, ainda inebriado
Pela quimera que me acossou, pelo beijo entretanto dado,
Persegue-me o dia, quando apenas sonho à noite, e eu – quebrado
Deitando fogo à chuva, salva-me com um beijo, com a eternidade,
Fecho e reabro os olhos, esta é uma dança lenta enquanto a sala arde,
Labaredas mais altas que os demónios de Hades, parado num momento,
Em que eu e ela sabíamos o que era Amor Universal, o verdadeiro sentimento.
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