Apontando para o horizonte, para a porta de saída,
Eu ainda acredito no Amor, só não acredito no amor,
É o escape incerto a uma fotografia do sol retraída
Que parafraseia o sal da maré, o toque do trovador
Faz com que vivam sobre o arco-íris, sobre as nuvens,
A aprendizagem do permitir ir, há mais que o branco
E negro, há cores que nunca vi, o muro dos homens
Esvaece os anos, invade a idade, é forte tal potranco,
De peito quebrado, de coração subtraído, doce ironia,
O amador sem objecto para amar, o silêncio eterno,
Entre a fauna e a flor, olhos de oceano, a infinita afonia,
Não permite o permitir, "Olá!", é o que apetece dizer,
Quando o meu reflexo passa, passa todo o Inverno,
Mãos sobre os ombros, para as abraçar, para as querer... para as querer...
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.