terça-feira, 19 de maio de 2020

Eternos

É uma teia de aranha estas correntes, 
Cedidas por aranhas para criar casas,
Pacientemente, vendo, estrelas cadentes,
Ornando a cúpula, estreitando esta asa, 

Conferido sonho alado, tempo sem espaço,
Soletrando as sílabas de Deus, a crença, 
A sentença é acaso até este andar descalço
Coincidência ou lapso? Não, esta é presença, 

É Ser Inteiro, celeste longe da sombra e escuridão, 
Por isso rio e choro tal Cavalo de asas pregadas
E rio e choro, e rio e choro e me segue a claridão,

A primeira em muito tempo, minha única pertença
É o tempo despendido entre partidas e as chegadas,
É viagem que faz do transeunte tanto a cura como a doença, 



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