sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

O Corrimão Para O Céu - Mentira?

E um dia teremos parte de um fragmento, Atenas, momento,
Esta é a escrita cadente e é o anseio pelo longínquo tesouro, 
Da vida, quando o pouco que foi, todo este acontecimento,
A enxurrada entregará para o horizonte pelo escoadouro,

Onde cascos são cópias carbonizadas de homens partidos,
Drenem o lago, procurem o cadáver do derradeiro fado,
Os vestidos brancos e as danças lentas, os poentes retidos,
Respirando este ar rarefeito, se calhar passei-me ao lado,

Hoje a envoltura de uma silhueta entre um terno abraço,
Era uma a promessa de um eterno, um eterno dar a mão,
Quando nem para um certo tempo havia sequer espaço,

Abram-me as veias e acordai os anjos, hoje serão alcançados,
Ainda há impressões digitais nas nuvens, neste corrimão,
Que haja luz para fazer das sombras amigas em belos bocados.

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