O caminho vincado na pele nua, a cicatriz e os diademas,
O assobio despreocupado, o gesto com ou sem decoro,
Pois das potenciais prisões sou eu o portador de suas algemas,
Que são esta ânsia, esta vertigem irregular por si procurada,
A altura da falésia para o vazio, para o nó da garganta,
É um breve suspiro para o solavanco da berma da estrada,
Esperando as luzes de presença, o abraço de uma manta,
Caminhando ao meu lado, esta sombra tornada semblante,
Há poesia nesta passagem, a moção neste terno paginar,
É a ode a Deus, a ode a vera beleza, a ode ao instante,
E neles o único sítio onde pretendo de facto estar,
Pois ele é insciente a qualquer ouro ou diamante,
Este é o único espaço e tempo que pretendo ocupar.
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