Sentado observando a cascata do fim do mundo,
Lembro-me de tempos que hoje são o passado,
São essas memórias e um sentimento profundo
Que me beijam o rosto me dando por afortunado,
Falta pouco para esta vida culminar e enfim entardecer,
Chegamos a meio percurso vendo a linha do horizonte,
É caso para lembrar das vezes em que não foi possível ver
E para verificar que de muitas situações somos insonte,
Enxugamos a roupa após termos vindo desta enxurrada,
E quanto a nós? Somos ainda os poetas e trovadores,
Assim confessando os ais de uma vida outrora passada
Não obstante do que pinta a aragem ou nossas dores
Para o salva-vidas de uma viela entretanto abandonada
Por cada instante e para sempre somos os eternos amadores.
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