Pretendendo ser tudo vou aqui sendo ninguém,
Observando-me indo entre esta rua e a vereda,
Ao mero transeunte não deixo o meu desdém
Pois todos merecemos luz, a divina labareda,
Então aconchegado na Lua e o seu eterno embalar,
A aprendizagem de quem há pouco tempo chegou,
Esta necessidade de ir além, de ser e de esvoaçar
Que separa o que ainda há-de vir do que já passou,
Encosto-me ao ombro de quem é passageiro silencioso,
Esta voz só ouvirá quem aproveitar o segundo precioso,
A fonte e o manancial da criação, do sonho e da poesia
São parte de ninguém, são beijo para o trovador, a magia
Que trago dentro da passagem das horas não é pertença
É bênção Universal, compasso para o horizonte: a recompensa.
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