Saudade é aquele envolvimento golpeado,
O coração é estrado para um sentimento,
Abrem-se fagulhas dentre o lume apagado
E a emoção é bocado de um ido momento,
O esquecimento que não vem, amor é sabor
A terra na boca, língua saboreando o esgoto,
E eu, insonso, desgosto-me deste meu odor
Somos os filhos bastardos, o bastardo ignoto,
Estranhando porque o sol cai aos quadrados,
Porque a lua sempre é esta única companhia,
Enquanto nossos corações forem quebrados
Não haverá luz alguma que se lixe a maioria,
Sou parte de quem não tem todo, retornados
À manhã que foi deixada de um outrora dia.
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