Para casa caminhamos novamente sozinhos,
Dos charcos de água a sua face reflectida,
Ao ir alheamo-nos dos nossos caminhos,
Anseio chegar um dia a essa margem partida,
Escorrego entre as falhas do chão, sou refém
Daquilo que almejo, dos fantasmas no armário,
O viandante esse, sempre procurando o além,
Sua canção é raiz, é o deixar aqui deste poemário,
Abraçando o fortuito, o eterno é ansiado,
Sou absurdo de cabeça erguida para o infinito,
E é neste aqui que o intencional é recriado,
Assim eu persigo a sombra do seu semblante,
Onde mato e morro, me emudeço e sou grito
E ora me encontro, ora perto, ora distante.
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