sexta-feira, 9 de março de 2018

O Desculpa e o Obrigado

O nocturno é o fantasma dos desvalidos,
Di-lo como uma bênção, di-lo como uma oração,
Alheiam-se das vielas os rubis pretendidos
Enquanto nos bastidores se quebra um coração,

Ladeados por espinhos faz-se o caminho,
Vai indo o viandante por onde o levar o vento,
Fechando os olhos vê um beijo, um carinho,
São estes para o trilho o maior ornamento,

Amor, ainda és a rainha, a mulher, a donzela,
Do cavalo branco sem rédea, do rei sem trono,
No firmamento a única e mais altiva estrela,

O sorriso do sonhador, aquele sonho sem sono,
As pétalas da rosa, a guerra das flores, a janela,
O desculpa e o obrigado, a primavera e o outono.

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