A noite é anfitriã da passeata dos desencontrados,
Deslizamos ligeiros através de corredores sem fim,
Por onde passamos deixamo-nos em bocados
Tal aventesmas outrora felizes em vida, meio assim,
De lágrimas no riso, é difícil ser o romântico sonhador,
Com o sol nas costas partilhamos esta caminhada,
De joelhos rasgados, costas doridas és tu o amador
Que regozijas e pranteias suspiros ante a escada
Que leva para o céu e para o inferno, eis a procura,
O instante de silêncio onde se vai o ruido de fundo,
Pois a verdade amigo é que nada no mundo dura
Para além do intérmino indomável de cada segundo,
Encontro meus congéneres, da doença virá a cura
E esta é só prosseguir nos passos do vagabundo.
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