domingo, 10 de setembro de 2017

O Marinheiro do Infinito

Vai assim nocturno o infindo no passageiro,
Dorme na proa sem qualquer tino o navegante,
Vem a habitação, quase lar, de outro timoneiro,
Vai e vem a onda sempre a empurrar o instante,

As luzes são ciganas e dadas a voláteis paisagens,
O corpo âncora para o eterno, vela para o infinito,
Subindo o oceano, sou eu para sempre entre margens,
O mastro deste peito nada mais que indomável grito,

Pois eterna é a essência denominada como presença,
É convés e porão dependendo do beijo do sonhador,
Por isso irmãos, deixemo-nos desta enorme descrença

Que nos habita o coração e nos abraça em desamor,
Sobreviver-lhe é nesta Vida a grande recompensa,
Encontrar porto de abrigo e entre a calçada uma flor.