Duas almas são no trilho da encruzilhada,
Porém hoje não escreverei mais sobre amor,
Chega de clichês, de escritos sobre nada,
Sobre estrelas cadentes ou o beijo da flor,
Não mais a promessas ou à lágrima do amador,
A noites e tardes passadas de mão em mão,
Ao olhar entre olhares recitando a sua cor
E a suspiros arremessados ante o coração,
Chega da partilha de sorrisos, ideais e compassos,
Do terno leito, do ósculo no peito, do até já,
Esquecer o caminho e os seus mil passos
Chega de imaginação do doentio sonhador,
De borboletas no estômago e o que de mais há,
Chega de valsas ao pé-coxinho e da palavra amor.