É sim o destino o inefável brinquedo,
Porção do passo dado e não dado
Que acorda o viandante tão cedo
No caminho pelo qual vai o passado,
Relembrando o regaço da donzela
Onde segundos perdidos não voltam
Na calma incessante ao passar da viela
São os prantos do não feito que soltam
À rua suas mil sombras e semblantes,
Indagando a procura como resposta,
São esses horizontes hoje tão distantes
Que esvaziam o silêncio para lá da encosta
Em gavetas almofadas em sítios errantes
Onde fumos de sonhos são ferida exposta.