Através de vislumbres de precipitação,
Longe de casa, do destino e de tudo,
A escassez vê-se no olho da escuridão
Onde o frio se deita no corpo desnudo,
O lugar é então lembrança e ilha deserta,
Bruma para o orvalho de acesa alvorada
Quando o passar era errante hora incerta
Para o pé descalço perdido da estrada,
O mundo - uma amálgama de ideias soltas,
Um tremeluzir de uma vontade entranhada
Mesmo sem saber bem ir - em voltas e voltas
Calam os sentidos esquecendo o amanhã,
Só ficam lábios e rosas sob a vista aguada
Na longa esperança pela alvorada irmã.