quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

A Flor Silenciosa

A flor silenciosa, a refém da solidão,
Ia ficando, não indo nem vindo,
Esperava por um dia de perdão
Anelando por um instante lindo,

Assim sobravam as cicatrizes do inverno,
Longo como a transição das estações,
Perdiam-se porções de amor fraterno
E os restos dormitavam em caixões,

A flor era incompleta em seu calar
O trilho só desencontro nesta terra,
Tomava então tragos de brilho lunar

E perguntava até quando a espera
Por vida estaria prestes a começar
Ou seria este trilho só outra guerra?