Quando me for, dedicas-me uma elegia?
Daquelas mais antigas que o tempo em si,
Que ela traga do sonho um pouco de magia,
Que me lembre das centelhas que já prometi,
Quando me for, fazes de conta que te lembras?
Não me importo que vá ou que seja a partida,
Espero deixar algo por cá para além de sombras
Espero promover Amor sem alguma contrapartida,
Quando me for, não chorem sobre o meu caixão,
Sorrirei de sorriso aberto ante o trilho incerto,
De orelha sobre o firmamento ouvireis meu coração,
No silêncio de uma sala, esquecei esta passagem,
Apesar de totalmente imóvel estarei bem desperto
Quando deixar a terra e retomar a derradeira viagem.