Na vertigem indomável do carrossel
Que sanem as cicatrizes d'ontem acolá,
Aceitando o beijo efémero da Babel,
Serão elas as medalhas de amanhã,
Relembrem o rouxinol que perdeu o canto
E que por vezes é tão bom sentir saudade,
Há vezes em que “plim!”, vai-se o encanto,
Mas fará isso das ocasiões boas menos verdade?
Não foi, é e será a todos difícil obter o permanente,
Ou sequer olhar mais longe que o próprio umbigo?
Há quem esqueça que o corpo pode ir de repente
Mas é isso o que faz de todos nós o viajante,
Então vá, vem comigo que eu rirei contigo,
Passo a passo rumo ao longínquo distante.