Amor, fantasmas de mortos vivos lá fora,
Arranhando os vidros azuis sem parar,
Não dormirei bem, tão tardia vai a hora,
Quanto tempo sem tempo virá sem passar?
Amor, deixei a minha porta entreaberta
E cá fora apenas solidão, frio e tristeza,
Sim vim de cantos obtusos pela rua incerta
Mas só prova a Vida quem morre por beleza,
Assim honro-a ao morrer, morrer, morrer…
Porém abri a porta raia a madrugada,
Se não a abrirdes então deveis saber
Que jamais saberei o que é a chegada,
Fui à Guerra das Rosas para me render
A vós Amor, a mais sublime emboscada…