Entre a porta e as janelas entreabertas
Quero o mel de tudo o que for flor
Aonde o colibri vá por horas incertas
E tal asas da borboleta ganhem cor,
Entre o prado e a neve a sina é esta
Sendo-se o trilho e quem o imagina
Dia a dia novos versos o Sol empresta
À estrofe e ao voo até à doce menina,
Entre as nossas mãos olvida-se o depois,
É ela aquela que tanto ressoa a Vida
Que é meu nascer e até meu fim pois!
Entre nós os dois só a distância é nossa
E só vós podeis sarar a insanável ferida,
A caricia que quero Amor… é só vossa.