Por onde sós vamos, sós viajamos sozinhos
Quando nem a lua nos encobre, não faz mal,
Por vezes é suposto sermos todos pequeninos,
Por vezes estar solitário e perdido é normal,
Por onde meios fomos, em metades vamos,
Quando só névoa há, tudo bem na mesma
Pois pelo que perdemos algo encontramos,
Pois o que cá fica advém de igual resma
Onde se banha o mensageiro da palavra,
Aquela que liga margens e cria pontes
E que o solo estéril docemente lavra,
Não temerei outras noites pois trago o dia
Que nos mais secos desertos erige fontes
E que de palavras sós recria a poesia.
Quando nem a lua nos encobre, não faz mal,
Por vezes é suposto sermos todos pequeninos,
Por vezes estar solitário e perdido é normal,
Por onde meios fomos, em metades vamos,
Quando só névoa há, tudo bem na mesma
Pois pelo que perdemos algo encontramos,
Pois o que cá fica advém de igual resma
Onde se banha o mensageiro da palavra,
Aquela que liga margens e cria pontes
E que o solo estéril docemente lavra,
Não temerei outras noites pois trago o dia
Que nos mais secos desertos erige fontes
E que de palavras sós recria a poesia.