Nestas águas cristalinas aqui me banho
Lavando o rosto e ansiando de joelhos
Pois ao reflectido relembro um estranho
Que outrora acenava de passados espelhos
Escoados ao silêncio, escutando a marejada,
Resposta ao demasiado e mais que aspirado
Ao poema que se perdeu nesta caminhada
No sonho que não cede e jamais será curvado,
Nestas águas eles fluem rumo à sua estiagem
Limpando faces por cristais ao seu vislumbre
E esse toque é da primavera ao resto da viagem
Erigindo-se a um pedestal por esta água corrente
Que ao comum transeunte é ainda o deslumbre,
Ao longe me virei à distância, doce e lentamente...