Ou então a sua luz que em nós ficou?
Mas se de sombras ainda estou cercado
O que será que o tempo deveras deixou?
Para lá deste anseio por verdadeira beleza,
Sob a forma desta exigência tão impaciente,
Que ecoa e é ecoada no pináculo da incerteza
E enfim vertida neste mudo semblante ausente,
É Amor, o verdadeiro, que os sentidos pasma,
A almejada ideia envolvida nesse terno abraço
Que embala e adormece o acossador fantasma
Da sua ausência, no ombro suave do que será
Fragmento de mim encostado em seu regaço,
Que durma bem, sonhe muito pois um dia ela virá