sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

Dentre Pausas e Ciclos

Esperando o retorno do fôlego, o assentar da poeira,
Não procuro o que já encontrei, preciso de repousar,
Entre as folgas do pavimento liberta-se esta canseira,
Esquecendo o momento eclipsado que não irá retornar,

Expresso profundamente o almejo desta ímpar caminhada,
O bocado pertencente ao soalho que vou enfim passando,
Entre o espaço dos tijolos desta prisão, há uma escapada
Para outros tempos e ventos que aqui ainda vão soprando,

As chuvas caídas pelo chão escorregadio de outras estações,
Mostra o quão é importante respeitar o instante e sua pegada,
Pois quando desaparecermos será preenchido pelas pretensões 

De novos e desconhecidos momentos, de uma renovada jornada,
Entre os segundos que, entretanto, fui, o turbilhão e os furacões,
Trago-os a todos nas algibeiras, dentre os dedos, na alma cravada! 

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