sábado, 7 de outubro de 2023

Árvore dos Sonhos

Por onde andei, havia uma árvore sonhada,
Um instante onde sentia por fim a pertença,
Eu era uma criança com a alma lá cravada,
Numa quimera grandiosa, sem cruel sentença,

Dessa árvore caíam folhas na altura do Outono,
Revestindo o soalho a amarelo, as cores de então,
Onde fechava os olhos e entrava num eterno sono,
Permitindo ao momento vir e ser dentro do coração,

Chorava dentre o riso, entre o vento e a rama, perdido,
Suspirando o desabafo enquanto o beijo era libertado,
Quem é que disse que a chuva nos lavaria num dia ido?

Era somente um criança brincando numa infância nostálgica,
Tantas lágrimas e começo a afogar-me nesse tempo amado,
Mesmo que me tenha desviado do caminho, há a eterna mágica!



Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.