Quando a noite caiu o poeta enfim revelou sua confissão,
Queria ter estado mais presente quando havia presença,
Ansiava ter beijado sempre com amor e dado a sua mão,
E não ter sido da ansiedade refém, ter feito a diferença,
Não ser quem cerrou os olhos para não ver e esqueceu o mundo,
Num salto de um precipício alto para o poço mais profundo,
Pois a humanidade é imunda, é suja, é anjo sem as suas asas,
Velhote abjecto virado quase em demónio em fogo, em brasas
Almejava ter abraçado e tocado a parede do além do infinito,
Ter condensado o instante num mero instante, num alto grito,
Não ter desperdiçado nenhum momento porque sim e sim!
Ter alimentado a alma de confetes sem qualquer início ou fim,
Pois quando a noite cai somos sem sono a cidade, o asfalto,
Que é eterna busca na procura sem ânsia, sem sobressalto.
Blog do músico e poeta português Joel Nachio onde este vai escrevendo e reunindo escritos poéticos.Tal como as músicas são compostos de forma única a partir do mais sublime reflexo, em retoque, do seu sentimento e poesia. Alguns poemas já pertencentes a livros, outros ainda "frescos" e originais no website...
terça-feira, 16 de maio de 2023
Quando A Noite Caiu
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.