Sou cadente por opção, ravinas trago no coração,
Dilacerando o horizonte dentre a chegada e a partida,
Num soalheiro dia que por enquanto conhece a monção,
Deitemos abaixo estas fundações de ruínas do passado,
Deste precipício vejo mais longe que uma humanidade,
Hoje lançar-me-ei sobre o que nunca hei ainda procurado,
O brilho estelar de uma chuva que vai caindo sem vaidade
E me mostrando as lágrimas já derramadas, o sangue vertido,
E nós, verticais, tentando alcançar o que ronda perto do além,
Somente os poetas compreendem este apelo na alma imbuído,
Só eles se vão escrevendo nas palmas de mil paraísos pretendidos,
Enunciando o caminho para o céu, numa eternidade que vai e vem
Somente os poetas entendem os pormenores por Deus ainda escondidos.
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