A ausência é um vazio entre a palma da mão,
O lugar com pertença num tempo sem espaço,
A memória esquecida na bruma do coração,
O rascunho inerte sem linha ou sequer traço,
A ausência é a falta no lugar de uma imagem,
A carruagem parada ao vento a ir a nenhures,
É aqui tormenta, é brisa e é também aragem
Numa tentativa vã de atingir o além e algures,
A ausência são as palavras inauditas nunca ditas,
A forma e semblante ora tornado tão inebriante,
A tentativa de eterno instante nas horas malditas,
É um beijo quase dado, o abraço quase refractado,
Os dedos passando no fantasma de uma amante,
Espelho multicolor ao chão atirado e quebrado
(para o além do longe, para além do distante).
Blog do músico e poeta português Joel Nachio onde este vai escrevendo e reunindo escritos poéticos.Tal como as músicas são compostos de forma única a partir do mais sublime reflexo, em retoque, do seu sentimento e poesia. Alguns poemas já pertencentes a livros, outros ainda "frescos" e originais no website...
terça-feira, 16 de maio de 2023
A Ausência
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