Frio entre o ranger lancinante destes ossos,
Fecho os olhos sendo engolido pelo oceano,
Aqui, por vezes, não ouço o som destes passos,
E até por vezes o caminho é tudo menos plano,
Por entre as colinas vagueei incólume à doença
Que é a rotina dos homens, a sua enfermidade,
Os cinco eternos dias que levam à não presença,
Onde contemplo a sombra da semana, a iniquidade,
Um fardo escadeirando forte aos ombros do poeta,
Provindo do distante para embater no próximo,
Isto é como esbanjar ouro atirando-o na sarjeta,
Porém esperando o que vou alcançando neste trilho,
Procurando o que vou aguardando, o ponto máximo,
Os dias obrigados ao esquecimento, mas ainda brilho, eu brilho!
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