Sustendo o fôlego de instantes outrora eclipsados,
Hoje pincelo a abóboda de cores jamais imaginadas,
Vou sacudindo a alma de pesadelos ontem sonhados,
Despindo lentamente as paredes entre si confinadas,
Hoje pincelo a abóboda de cores jamais imaginadas,
Vou sacudindo a alma de pesadelos ontem sonhados,
Despindo lentamente as paredes entre si confinadas,
Acredito que suspiros são sorrisos ainda não vividos,
Pronuncio o passado, ansiando o futuro, absorto,
Rachando o chão por caminhos sinuosos e perdidos,
Pulsando o ventre, frio e quente, erecto e até torto,
Entretanto aprendo: “Não há mais tempo para despedidas”
Pois o coração também pára na noite eterna e passageira,
Prisioneiro do frio derrelicto, feito a dois por sendas divididas,
Somos roupas usadas recriando sombras em lúgubres recantos,
Sombras essas que vão dançando ao vento na luz forasteira,
Trago os vultos que fomos indo, o pouco deixado e os tantos.
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