Há lugarejos através de recantos de escuridão,
Onde o poema vai perdido sem o seu segundo,
E eu, viandante das estrelas envolto em solidão,
Vou procurando meu lugar, minha parte do mundo,
Renasço em poesia quando o fruto do amor invade
As muralhas que ergui perante a sombra que resfria,
Sabei que com o horizonte ainda sinto cumplicidade,
Um dia hei-de o passar brioso e altivo em grande euforia,
Trago raios de sol nestes meus braços que vou embalando,
Resplandecem a esperança de um outro dia, outra manhã,
Por cada esquina transvasada, verto-me em água, cantando,
O hino dos poetas que me precedem, dos deuses lá do alto!
Acordando para mim mesmo, vem lentamente outro amanhã,
Farei desse momento eterno por cada passo dado neste asfalto.
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