São poiso para asas engarrafadas em navios sem destino,
Filhotes de heróis mortos cujos corpos nunca procurados
São eu, orfandade e lágrimas, as moradias sem inquilino,
E é desespero, vontade do não anseio, o suspiro perdido,
E eu vencido antes de ser derrotado, sem qualquer perdão,
A pluma na faca aguçada, um nome sem qualquer apelido,
Aprendi a morrer enquanto sou vivo de algemado coração,
Ela pavoneia-se entre as estrelas, sem qualquer amor para dar,
E cada letra, cada palavra é sentença para de mim recuar,
É o solavanco na estrada, a direcção alterada, o inebriar palato
Indiscreto, esvaecendo tal vinho entre dedos descalços, insensato
Sou eu, é o bocadinho da dúvida, o não conseguir comigo relacionar
O fragmento em que somos vida, em que não somos apenas o boato.
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