Esta vida vertendo-se no olhar para cataratas frias,
A mentira foi a crença, esta vontade de pertencer,
O aguaceiro dos meus olhos, estas preces vazias,
Quando tudo o que pretendo é o permitir acontecer,
Lembro-me do que já vi, o fôlego da morte de perto,
Anos desperdiçados misturando-se com o ver do poeta,
Por favor, beija-me, beija para longe os espinhos e decerto
Que o amor exalará desses olhos não de uma forma obsoleta,
Assim passo as noites acordado, esperançando vossa vinda,
E esta vida significa mais pois há fagulhas perto do precipício,
E delas se alimenta a alma, e delas se faz a constelação infinda,
Assim passo as noites sem dormir, escutando a queda do aguaceiro,
Um punhal cintilante no coração da verdade e por pouco o resquício
De um dia não terminado onde estes lábios não beijassem o cinzeiro.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.