E eu cego e torturado por uma memória
Que me atormenta a porção do coração,
Que me desdenha tal uma outra história,
Lançamo-nos no musgo, isto é quase amor,
Faço cicatrizes no meu peito, no imperfeito
Ser que tenho, lembro-me de setembro a dor
Que é minha e de quem vive e morre no leito
Pois devias ter visto o meu funeral, foi apoteótico,
Os enlutados presentes tão novos para se apresentar,
Pesadelos sobre o mar, compartimentos no exótico,
E eu sem conseguir caminhar, sem conseguir trilhar
O espaço entre aqui e o além, a harmonia, o caótico,
Liberta-me desta noite, há tanto a ir e ainda a chegar.
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