Se um dia for caixão, deixem-me ser leve,
Pois os sonhos e a esperança não têm peso,
São memórias e ideais de quem em si escreve
O passar dos anos acumulados num instante, preso,
A um esgar perdido no tempo, agora encontrado,
Se um dia for caixão achar-me-ão entre estrelas,
Através de épocas e eras disperso e por fim achado,
Reconhecer-me-ão ao brilhar tanto ou mais que elas,
Os horizontes inconsequentes dentre este indúbito olhar,
Se um dia for caixão saibam que tenho uma constelação,
E saibam também que dentro dela aprendi enfim a dançar!
E para isso só foi necessário permitir bater o coração,
Pois se um dia for caixão espero ter aprendido a amar
O tempo que passa, e passou e fui sendo de mão em mão.
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