Onde os rios se encontram eu sou e desaguo,
Inculcam os moinhos águas de outros ventos,
O tempo conhece estas marés, e eu no recuo
Vou em frente molhando os pés em momentos
De mais um dia passado, após o sol e as estrelas,
Lançamos âncora nas praias rasas, no superficial,
Olho para cima e regozijo em finalmente vê-las
Hoje preencho o lugar entre o efémero e o imortal,
Relembro-me que por vezes pulsa o peito lá para fora,
Logo me caem as coisas que fui trazendo na algibeira,
Os beijos que fui partilhando desde o anoitecer à aurora,
Pois quando envelhecer dúvidas pretendo jamais ter,
Do que podia fazer pois que a luz se torne verdadeira
Será assim tão difícil dar Vida a quem só quer viver?
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.