Pretendia brisa para auxiliar a subida da colina,
Porém navego em água rasa numa delicada dança
Que me resguarda da intempérie um pouco acima,
Alastra-se o fogo pela pradaria de um sonho ido,
A água pelos tornozelos, o fôlego escasseia-me,
De um lugar ilusório onde perdi a certeza do apelido,
Então beija-me, aquele conforto do caixão rodeia-me,
Que pertence a um Outono passado, hoje e aqui elapsado,
E eles, os poetas, com o coração na mão, amaldiçoados
Pela bênção de respirar de peito cheio, bem marcado
Pelo destino, pelo fado, pelo nem sequer saber qual o norte,
De tanto esforçar, de tanto querer, ficam de ossos quebrados
Por isso fecham os olhos e deixam-se ir, um dia encontrarão a sua sorte!
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