quarta-feira, 28 de abril de 2021

O Trazido

O oceano que trago no olhar revestido,
É folha caída numa floresta abandonada,
E os prados estelares que sinto tal vestido
São refracção para o não visto, para a luz apagada,

Passam diante de mim as opções um dia tomadas,
Os trilhos escolhidos, o claro e até o escuro,
Pois digo-vos de todas essas vontades ansiadas
Muitas das vezes fui contra um resiliente muro!

Vendo estrelas a difundir-se entre as palmas das mãos,
E eu, clandestino e viajante no interregno infinito
Sendo ponto de intersecção para melodias e seus sons

Faziam-me viajar absorto e liberto entre constelações,
Que resumia comummente num sempre e eterno grito,
Assim é que se vai e faz por chegar ao ritmo de mil corações.

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