Encobre-o a auréola que faz um poeta,
Escrevendo letra a letra de noite e de dia,
Preenchendo de belas estrofes e rima certa,
Trazendo para o real o que pode de magia,
Este fôlego que é para a obra o seu sustento,
A inspiração é um olhar no horizonte vertido,
Um toque, um beijo que vai e vem como o vento,
Pois por vezes, por vezes, até o poeta está perdido,
É uma dança lenta ao som de um fósforo a arder,
Dentro da estrutura, é a liberdade que é do poema,
E nele a bater vai o seu coração, todo o seu querer,
Sob palavras, sob silêncio numa voz que é universal,
E a escreve-las não há incerteza, não há sequer dilema,
Pois ao anoitecer ele será mensageiro entre o céu e o abismal.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.