Dessas luzes fulgurantes, correntes, o beijo dourado,
Que vão e perduram no firmamento como sentença,
São eles que me fazem sentir vivo, sentido amado,
Pois sem Luz apenas escuridão restaria, a delicada
Luzência, também minha essência como é a negritude
Sou mescla de ambas, estando ou não na estrada errada,
Só assim sou relembrado que da falésia eu sou a altitude,
Por olhos negros esbranquiçados duma boneca de porcelana,
Frágil e franzina, conta-me os segredos de ambos, esplêndido,
Quando adormecer, ouvirei a sua cantiga, dulcificada e leviana,
As cores do horizonte sou eu e de volta com estrelas na algibeira,
Procurando e passando o firmamento tal estrela cadente difundido
Pelo cerúleo, hoje é o dia de trazer as cores distantes para nossa beira.