Ele nem vê o brilho dos teus olhos, as rugas da tua mão,
Os sapatos de salto alto que esqueceste no armario, os enfins,
Por isso porque o queres se eu poderia preencher o teu coração?
Então abraça-me ou deixa-me ir mas não sejas meio termo,
Não é simples quando não há oxigénio para respirar,
Não é beijo quando os lábios nem sequer se conseguem tocar,
E eu até estou bem, eu não estou louco ou sequer enfermo,
Eu sou ilhas, eu sou glaciares e foste semeada neste peito,
Estas palavras não têm significado, não têm horizonte,
Os pares entre si vistos num eterno para sempre rarefeito,
Preenches os teus copos com estes ossos contornados a carvão,
E nesse bocadinho há espaço para um beijo, tempo para a ponte
Onde és o giz no contorno que larguei e abdiquei no meu coração.
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