segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

A Dor do Terminar em Segundo

Acordei desnudado após com amor ter sonhado,
Polindo os ângulos destros, a réstia do encontrado
Era esta a dor do homem trilhando no solo sem piso
Pois de veias e sangue por elas escorrendo é preciso,

Procurando os seus pedaços no fundo da garrafa,
Até desvanecer o contorno desta entoada canção,
A estrada solitária até levou a palavra que estafa,
Preenchendo os bolsos com os ossos do coração,

Pois nesta corrida hei sempre terminado em segundo,
A sala cobrindo-se de fumo, erguido ou permitindo,
Os sussurros perfurando os ecos do vazio profundo,

É a dor do permitir, deixar o presente vir, sorrindo,
E quando a lágrima assentar e imperar a escuridão,
Um dia, novamente virá o sol, virá uma nova estação.

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